Única unanimidade em uma pesquisa realizada, em 2006, pela Revista Placar para escolher o "time de
todos os tempos" do Corinthians. Novamente, a única unanimidade, em uma pesquisa com especialistas, para escolher os dez maiores
ídolos da história do Corinthians. Eleito em 1983 o melhor jogador sul-americano do ano. Escolhido pela FIFA em 2004 como
um dos 125 melhores jogadores vivos da história e considerado por muitas pubicações especializadas, como CNN, World Soccer
e Placar, como um dos grandes jogadores de todos os tempos, foi um atleta reconhecido por seu estilo elegante. Uma característa
do jogador que marcou sua passagem pelo futebol foi a sua habilidade e uso inteligente do calcanhar. Mas era um jogador completo,
marcava gols de falta, de cabeça e fora-da-área com frequência. Dava assistências perfeitas para seus companheiros marcarem
muitos gols.
Foi revelado pelo Botafogo, clube de Ribeirão Preto, onde foi considerado um fenômeno desde o início,
pois quase não treinava em função de freqüentar o curso de medicina. Nesse time ele foi campeão do 1º Turno do Campeonato
Paulista de 1977 e artilheiro do campeonato. Também se destacou no Campeonato Brasileiro, autor de um célebre gol de calcanhar
contra o Santos em plena Vila Belmiro.
Socrátes se firmaria no Corinthians em 1978, refazendo a dupla com seu ex-companheiro Geraldo Manteiga.
Mas seus grandes companheiros de ataque nesse time seriam Palhinha e o amigo Casagrande. Sócrates só aceitou jogar para valer
depois que se formou na faculdade de medicina. Na Seleção Brasileira estrearia em 1979.
Foi uma das estrelas de dois dos maiores esquadrões do futebol mundial: a Seleção Brasileira de Futebol
da Copa do Mundo de 1982 e o Corinthians da década de 80. Teve ótimas atuações, marcou dois belíssimos gols nos jogos dificílimos
contra União Soviética e Itália, e mostrou toda sua categoria. Mas não foi o suficiente para o Brasil se sagrar campeão.
Na Copa do Mundo de 1986 estaria novamente em ação, mas já fora de forma ideal. Ficaria ainda marcado
pelo penâlti desperdiçado contra a França, na decisão que desclassificou prematuramente o Brasil.
Depois de uma rápida e decepcionante passagem pelo Fiorentina, prejudicado pelos companheiros de quem
suspeitava que manipulassem resultados, Sócrates retornou ao Brasil para encerrar a carreira aonde atuaria ainda no Flamengo
e no Santos.
Fora do futebol, Sócrates sempre manteve uma ativa participação política, tanto em assuntos relacionados
ao bem-estar dos jogadores quanto aos temas correntes do país. Participou da campanha Diretas Já, em 1984 e foi um
dos principais idealizadores do movimento Democracia Corintiana, que reivindicava para os jogadores mais liberdade
e mais influência nas decisões administrativas do clube.
Antes de entrar na faculdade de medicina, Sócrates fazia cursinho em Ribeirão Preto e já jogava nas
categorias de base do Botafogo. Seu pai queria que ele estudasse e não tinha muito interesse que o filho se tornasse futebolista.
Certa vez, Seu Raimundo deixou Sócrates no cursinho e foi assistir a um jogo dos juniores do Botafogo. Qual não foi sua surpresa
ao perceber que em campo estava Sócrates. Foi uma bronca e tanto!